Modalidades

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Evolução equipamentos no livro História e Vida do Sporting Club de Portugal

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Pode dizer-se que o ano de 1920 foi marco a assinalar o fim de uma era e o começa de outra na vida dos uniformes oficiais do Sporting. Antes daquele ano, os equipamentos das secções desportivas resumiam-se às camisas bipartidas em verde e branco com calções brancos e depois pretos, para as equipas de futebol e de camisas de calções brancos para as restantes modalidades.
As alterações que se introduziram até 1922 nos estatutos de 1920 criaram para o atletismo, para o remo e para o ciclismo um uniforme composto por uma camisola verde com o leão rompante recortado em branco com 20 cms de altura, colocado no meio do peito, e calção preto; essas alterações estatutárias legalizaram também o uso do uniforme da natação proposto pelo Dr. Oliveira Duarte em 1921.

Assim aconteceu a partir de 1929; os praticantes do andebol, do atletismo, do basquetebol, do ciclismo, do hóquei, do râguebi e do futebol passaram a usar a camisola listrada em verde e branco com calções pretos e os das demais modalidades, como esgrima, natação, ténis e tiro, equipamentos de caraterísticas próprias com o fundo verde oval e nele o emblema do Sporting: leão rompante branco sobre as iniciais do clube, na mesma cor.
Como a utilização de equipamentos foi rica nos modelos experimentados e nos pormenores que os diferenciavam conveniente se torna registar o índice ideográfico da sua evolução.
O equipamento dos atletas à data da fundação, era composto de camisola e calções brancos, com o distintivo em pano verde cortado em oval orlado a branco, tendo ao centro o leão simbólico e as iniciais S C P em semicírculo em baixo, um e outras em branco ou prata; usava-se ao lado esquerdo do peito, mas algumas modalidades, como o ciclismo, a natação e o atletismo, localizavam-no ao centro. Em 1920 ainda assim era, contudo, posteriormente, várias alterações aos uniformes foram ensaiadas e o distintivo adoptou a forma actual de escudo com o leão branco em fundo verde com as iniciais S C P em coroa, também em branco. Este novo distintivo tornou-se comum a todos os uniformes das secções desportivas do clube, embora num curto período iniciados em 1922, tivesse sido experimentado um terceiro distintivo que consistia num leão recortado em branco com a altura de 20 cms, colocado no meio do peito.

Os estatutos de 1920 ao fixarem os vários uniformes das modalidades desportivas introduziram o uso de um elegante trajo para todos os associadas; no Verão: calças brancas, casaco de listras verticais verdes e pretas com dois bolsos em baixo e um terceiro ao alto, do lado esquerdo, com um leão bordado e um quépi preto e verde com o o leão sobre a pala; no Inverno: calças pretas, colete branco e os mesmos casaco e quépi. Desta ideia, efectou-se a confecção do casaco em 1922; o restante do trajo não chegou a ser criado por dificuldades surgidas com a fabricação dos respectivos tecidos.

Tal disposição deixou de constar da lei do clube; mas continuaram a usar-se casacos verdes escuros ou pretos com o emblema do clube bordado no bolso, ao alto, do lado esquerdo, nas deslocações ao estrangeiro e nos desfiles festivos, como foi o da inauguração do Estádio José Alvalade em que toda a Direcção os envergou.
Acompanhando a evolução dos agasalhos para atletas, o clube criou elegantes blusões de tecidos verde grosso, com o distintivo actual no peito e, acima deste, em semicírculo a palavra Sporting, a branco; são usados com calças folgadas do mesmo tecido e cor.
Sem outros precedentes, o uniforme do Andebol é composto por uma camisola listrada em verde e branco, calções pretos e meias às riscas horizontais verdes e brancas.
No princípio, o Atletismo usou camisola e calções brancos com o distintivo em verde no lado esquerdo do peito. Depois e até 1920 usou camisolas brancas com meia manga debruada a verde como a gola e a abertura no peito, e calções brancos; no lado esquerdo, o primeiro distintivo. Porém em 1922 já se usavam calções pretos e as camisolas brancas deixaram de ser debruadas; o distintivo mantinha-se o mesmo. Naquele ano experimentaram-se também camisolas verdes de meia manga sem gola, debruadas a preto e branco no pescoço e somente a branco na manga; no meio do peito recortado a branco o leão com a altura de 20 cms, Este uniforme tornou-se depois comum ao ciclismo e ao remo. Deste equipamento em 1927 sem o debruado a preto e branco no pescoço, o atletismo adoptou em 1929 o uniforme actual: camisola listrada em verde e branco sem mangas, debruada a branco nas cavas e no pescoço, e calções pretos; no peito o distintivo actual.

O primeiro uniforme do Badminton é o actual; consta de camisola branca com manga debruada a verde, colarinho aberto em verde, calções, peúgas e sapatos brancos; no lado esquerdo da camisola o distintivo do clube.
Até 1929, o Basquetebol utilizou camisola branca com faixa vertical verde no centro do peito, punhos, gola, e remate de abertura, em preto; os calções eram pretos e o distintivo primitivo no lado esquerdo. A partir daí, o uniforme passou a compor-se de camisola listrada em verde e branco sem mangas, e calções pretos; e no lado esquerdo, o distintivo actual.

O Criquete jogou-se com regularidade de 1906 a 1912. O equipamento usado compunha-se de camisa, calça, meias e sapatos brancos. O distintivo primitivo era usado no lado esquerdo da camisa.
Quando a secção de Ciclismo do Sporting se notabilizou com a acção de Laranjeira Guerra em 1912, o clube não tinha instituído qualquer uniforme para a modalidade. Mas em 1922 os ciclistas já envergavam as camisolas verdes debruadas a branco no pescoço e nas meias mangas, com o leão recortado a branco no peito, e calções pretos. Todavia em 1926 a camisola passou a ser branca de meia manga com larga faixa horizontal no peito, tripartida em verde, preto e verde, e calções pretos; no lado esquerdo, o distintivo primitivo. Logo que terminou esse período de experiência, o ciclismo adoptou a camisola listrada em verde e branco de meia manga com o distintivo actual no meio do peito, e calções pretos.

Os esgrimistas sempre envergaram o equipamento clássico acrescido do distintivo aposto no braço esquerdo, ao alto.
As classes de ginástica do clube para homens, usam o primeiro e actual uniforme: camisola branca cavada com distintivo à esquerda, calça ou calção com listra verde aos lados, e debruados na mesma cor no remates das pernas. Para senhoras: camisolas branca, com meia manga, com o distintivo à esquerda, e saiotes-calções brancos.

No Hóquei em Campo e em Patins utilizaram-se camisolas brancas com gola, distintivo no lado esquerdo e calções pretos, até 1928. De lá para cá, camisolas listradas em verde e branco de meia manga, com o distintivo do lado esquerdo, e calções pretos.
Ao criar-se em 1921 a secção da Natação, por proposta do Dr. Oliveira Duarte, que o escolhera como Arnold Stoker, Francisco Leote, Mário Garcia e Henrique da Silva Teles, o uniforme usado compunha-se de um gorro preto e de fato de banho da mesma cor, avivado a branco nos lados e nas pernas, nas cavas e nos decotes; no peito, à esquerda, o distintivo do clube. Mais tarde, o distintivo passou para o meio do peito; na actualidade o uniforme apenas difere do primitivo por ter deixado de ser avivado a branco.

Para a Patinagem o primeiro e actual equipamento é formado de camisola branca com o distintivo à esquerda, e calções brancos.
Criado em 1922, o Râguebi ensaiou vários equipamentos até se fixar no actual. Naquela data a camisola era verde com manga, cortada no peito por uma faixa horizontal branca de 15 cms; os calções eram pretos. Três anos depois, isto é, em 1925, a camisola era toda verde com manga e os calções pretos; sobre o coração colocava-se o distintivo. Antes da camisola listrada em verde e branco ter sido adoptada como uniforme oficial, o Dr. Salazar Carreira, que foi quem sugeriu a sua confecção por analogia com a do Racing de Paris, utilizou-a no râguebi em 1927. O actual uniforme difere daquele por a camisola ser almofadada nos ombros e nos braços; as riscas são em menor número e só visíveis numa metade longitudinal das mangas.

O equipamento do Remo, embora previsto nos estatutos de 1920, não chegou a efectivar-se. Em 1922, contudo, considerou-se que a secção usaria camisolas verdes iguais às que eram usadas pelo atletismo.
Praticado no Sporting desde 1906, o Ténis sempre utilizou o equipamento clássico de camisa, calções, meias e sapatos brancos; e no bolso esquerdo da camisa o distintivo do clube. Em 1920 criou-se uma camisola branca (sweter), sem gola, abotoada na frente e debruada a verde e preto. Num torneio de 1925 o Dr. Salazar Carreira e o Eng. André Navarro envergaram a camisola verde do atletismo, por inspiração própria.
A camisola verde com o distintivo à esquerda, calção ou calça branca constituem o equipamento dos praticantes do Ténis de Mesa.
Está instituída para o Tiro o uso de camisola branca de gola debruada a verde e calça preta; regra geral, porém, os atiradores apresentam-se à vontade, sem incorrerem de qualquer infração.
O Voleibol utiliza o uniforme de camisolas listradas em verde e branco com o distintivo à esquerda e calções pretos.
Algumas modalidades como o Bilhar, Campismo, Cicloturismo, Motorismo e Pesca Desportiva, não têm equipamento determinado.